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CONHECER TAROUQUELA
QUINTA E CASA DO OUTEIRO
Um dos locais mais conhecidos da freguesia de Tarouquela, a Quinta do Outeiro tem uma longa história de vários séculos.
As primeiras referências (confirmadas) da existência da propriedade surgem no século XV (1498) onde Gonçalo Pires é referido como Senhor da Casa do Outeiro e Criado da Abadessa. No entanto é muito provável que a relação da família Moreira (da qual fazia parte Gonçalo Pires) com a Igreja, e em particular com o Mosteiro de Tarouquela, tenha se iniciado ainda em pleno século XIV.
Inicialmente a Quinta era propriedade da Igreja com a família Moreira a usufruir do prazo da propriedade. O prazo nada mais era que uma autorização da Igreja para que uma família aí pudesse viver e deter determinados direitos e privilégios sobre a propriedade. Normalmente a validade do prazo extinguia-se com a morte do chefe da família sendo que os filhos poderiam procurar a sucessão do prazo junto das autoridades eclesiásticas.
A família Moreira e a Casa do Outeiro (Miguel Pinto de Resende, Porto, 2012)
A Casa do Outeiro (2019)
A importância da família Moreira na história de Tarouquela, em particular do seu Mosteiro, pode ser verificada com a autorização dada pela Igreja para que membros da família fossem sepultados no cymeteiro, o cemitério das Donas situado no interior do Mosteiro, e que tradicionalmente era reservado para inumação das próprias religiosas, dos seus capelões e, claro está, dos fundadores e dotadores.
Em 1568, após o fim do Mosteiro, sabemos que a família Moreira (através de António Pires) era então a legítima proprietária de 3/4 do chamado Casal do Outeiro assim como do Casal de Paços. A parte restante era por esta altura pertença de Gonçalo Anes, seu cunhado.
Ao longo dos séculos a Quinta e Casa do Outeiro tem permanecido como propriedade da família Moreira, com o nome Tameirão a surgir pela primeira vez no século XVIII quando João José Pinto Tameirão é o novo Senhor da Quinta do Outeiro após o falecimento de seus pais.
Na atualidade os terrenos da antiga Quinta do Outeiro permanecem com a família Tameirão embora a Casa não seja mais habitada.
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