HISTÓRIA DE TAROUQUELA

As primeiras referências históricas a Tarouquela remontam ao século XI. Em 1186 durante o reinado de D. Sancho I a freguesia de Tarouquela, juntamente com a de Espadanedo, foi coutada ao Mosteiro de Tarouquela.

Tarouquela teve foral (documento real utilizado em Portugal que visava estabelecer um concelho e regular a sua administração, deveres e privilégios) mas não foi concelho nos termos em que são hoje entendidos os municípios.

Igreja de Santa Maria Maior em 1965

Capa da "Monografia do Extinto Concelho de Sanfins da Beira"

Este foi extinto entre finais do século XVII inícios do século XVIII, transferindo-se para o concelho de Sanfins até à sua extinção em 24 de Outubro de 1855, data em que passou para o concelho de Cinfães.

Era reitoria da apresentação da Mitra, ou, segundo a Estatística Paroquial de 1862 da apresentação do Mosteiro da Avé Maria, do Porto, mais tarde foi abadia.

Não há historicamente um significado concreto da palavra Tarouquela, contudo segundo alguns investigadores, a palavra que deu origem a esta freguesia terá sido formada por “simpatia” de duas outras palavras: Arouca e Tarouca.
As três localidades tiveram em comum na sua origem, a existência de centros monásticos, em torno de mosteiros que nelas foram criados.
No caso de Tarouquela pretendeu-se distinguir das outras duas por ser uma localidade mais pequena, daí o sufixo TAROU (QUELA).
Mas não existem certezas científicas sobre esta evolução e outros investigadores defendem que o nome Tarouquela deve a sua origem no tempo da ocupação Romana, da qual ainda existem vestígios em especial no lugar de Paços.

Vista sobre Tarouquela

Panorama sobre o Rio Douro

Edifício da Junta de Freguesia de Tarouquela

A administração de Tarouquela seguiu o padrão habitual existente em Portugal, com a influência do poder eclesiástico (com o consentimento do Rei) a definir toda a estrutura política da freguesia com alterações mínimas ao longo dos séculos.

Apenas com a instauração da Primeira República é que surgem alterações profundas no modo como as freguesias eram geridas. De facto, as designações de "Freguesia" e de "Junta de Freguesia são instauradas nessa altura ao mesmo tempo que é garantida a autonomia em relação ao poder central, a instauração de poder executivo próprio, o alargamento do rol de competências nomeadamente no que diz respeito ao meios de financiamento das freguesias.

Com a tomada do poder pelos militares, em 1926, e a instauração do Estado Novo, dá-se início a um novo período, só interrompido 48 anos mais tarde, caraterizado pelo retrocesso em vários aspetos da vida das freguesias, salientando-se a perda de independência e autonomia.
As juntas de freguesia continuavam a ser eleitas, embora por um colégio eleitoral restringido aos chefes de família, mas podiam ser destituídas pelos presidentes de Câmara, ou pelos governadores civis, no caso de Lisboa e Porto, que exerciam a tutela de natureza vigilante e corretiva sobre as freguesias, isto apesar de terem menor legitimidade democrática uma vez que não eram eleitos.

Brasão de Tarouquela

A era moderna da Freguesia de Tarouquela inicia-se com a Revolução de 25 de Abril de 1974 com o retorno da Democracia.

As primeiras eleições democráticas para a eleição dos órgãos locais têm lugar a 12 de Dezembro de 1976 e o Sr. Joaquim Domingos Sousa Teixeira foi eleito o primeiro Presidente da Junta de Freguesia de Tarouquela.

Até aos dias de hoje a freguesia de Tarouquela teve 6 presidentes de Junta sendo o atual executivo liderado pela Dr.ª Felicidade Santos desde Outubro de 2017.